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quarta-feira, 20 de março de 2013

carta do 1° Barão de Piracicaba aos seus filhos em Alemanha

Carta que Antonio Paes de Barros, 1° Barão de Piracicaba enviou ao seus filhos Diogo Paes de Barros e Antonio Paes de Barros, que estudavam em Karlsruhe, Alemanha antes de de estudar em Zurique nos anos 1861-1864
.
Foram junto do sobrinho e primo  Antônio Francisco de Paula Souza, filho de Maria Raphael Paes de Barros e do conselheiro  Antonio Francisco de Paula Souza, , que estudou em Karlsruhe. ( mais sobre Antônio Francisco de Paula Souza,)



A carta data de 27 de agosto de 1855.

Carta do Capitão Antonio Paes de Barros e de sua senhora D. Gertrudes Eufrosina Paes de Barros, 1° Barões de Piracicaba, dirigida aos seus filhos Antonio (Senador Antonio Paes de Barros) e Diogo (Major Diogo Antonio de Barros) que se achavam estudando na Alemanha. Contava o primeiro a idade de 15 anos e o segundo a de 11 anos.



"   Meus caros filhos
14,7 hrs. Itú, 27 de Agto. 1855

Muito temos sofrido com a ausência de nossos filhos, quantas saudades. 
 
Vossa Mãe ainda chora quase todos os dias. Nossa única consolação será, se meus filhos aproveitarem e se comportarem bem. Nós passamos como velhos; vossa Mãe sempre doente. Sentimos que não nos escrevêsseis de Lisboa, de onde o Snr. Barboza nos deu noticias de meus filhos. Muito desejamos saber como foram tratados na viagem, e lá como se acham; tudo miudamente desejamos saber.
Meus filhos cuidai com esmero em vossos estudos. Respeitai e obedecei a vossos Mestres e ao Snr. Hirsch como a vosso pai, e respeitai sempre os mais velhos. Nada obreis sem primeiro pensar, senão vireis a ter vergonha do que quereis fazer. Não tomeis amizade com meninos turbulentos ou exagerados. Nunca mintas: falai a verdade sempre, ainda que seja contra vós. Não te metas em intrigas: cada um responde por suas ações. Não vos deixeis iludir pelos mais espertos, porque não é bom fiar-se em palavras bonitas. Nunca vos esqueçais da religião de vossos pais; ouvi missa aos Domingos e dias santos; confessai-vos ao menos uma vez a cada ano; não tenhais acanhamento ou vergonha de ser católico: tolerai a todos na sua religião, para que vos tolerem, e sobre isso não converseis com qualquer pessoa: quando precisardes de conselho a esse respeito, procurai algum Católico instruído e honesto para vos esclarecer. Todos os dias quando vos acordardes seja a primeira coisa dar graças a Deus por vos ter conservado e pedir graça e força para cumprir vossas obrigações, o mesmo a noite quando vos deitardes para dormir. Deveis crer e estar certo que Deus vê todas as nossas ações, e até nossos pensamentos. Fugi e evitai tudo que possa vos distrair de vossos estudos, e vos comprometer em atos vergonhosos. 
 
Tratai com carinho e amor vosso irmão e protegei-o sempre; vós sois mais velho deveis tolerar suas impertinências e guia-lo para o bem com brandura e não com aspereza, para vendo ele um amigo, seja dócil e não se revolte. Sede econômico, gastai só o que for necessário, que assim não sofrereis vexame, e tereis crédito. Não sejas importuno nem pesado aos outros. Não ocupes a outrem naquilo que podeis fazer, não sejas preguiçoso. Nada prometas sem reflexão para não faltar. Enfim amai a Deus sobre tudo, e ao próximo, como a vós, que sereis feliz mesmo nesta vida e na outra tereis infinita recompensa. E que prazer não terão vossos pais e parentes se depois de alguns anos tornarem a ver seus filhos instruídos e bem comportados para lhes adoçarem os incômodos do resto de seus dias! Nada poderá igualar nossa satisfação.Aceitai nossas bênçãos. Deus vos proteja em graças, é o desejo de
vossos Pais mot. amos.
Antonio
Gertrudes

PS. Aceitai de todos muitas lembranças e todos se lembram de vós com saudades.
PS. Vossa mãe vos pede que ao menos uma vez cada mês leiais esta.    "




"OBRIGADA" FELIPE

sábado, 19 de maio de 2012

Antonio Paes de Barros , 1° barão de Piracicaba

Antonio Paes de Barros, 1° barão de Piracaba .

1 ° barao de Piracicaba Antonio Paes de Barros
[Retrato de autor desconhecido, c.1870, pertencente ao acervo do Museu Paulista-USP.]



Ele era filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, fazendeiros abastados em Itu SP desde ca. 1780, na era colonial.

era irmão de :
  • - Angela Ribeiro de Cerqueira (1779-1865)
  • - Anna Joaquina de Barros, /1781-1837)
  • - Genebra de Barros Leite (1782-1835),
  • - Escholastica Joaquina de Barros, (1786-1874)
  • - Bento Paes de Barros (1° barâo de Itu e meu 4° avô), 1788-1858)
  • - Francisco Xavier Paes de Barros (cap. Chico de Sorocaba, tambem meu 4° avô), 1795-1875)
  • - Joaquim Floriano de Barros. (1796-1831)
  • - Maria de Barros Leite (1804-1898)
Antonio de Barros nasceu em 4 de Março de 1791, em Itu. Era o 6° filho entre os 10 filhos do Antonio de Barros Penteado e de Maria Paula Machado.
Casou-se em 1819, em Sorocaba, com Gertrudes Eufrosina de Aguiar , nascida em 1800 (irmã do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar), filha do Coronel Antonio Francisco de Aguiar e de Gertrudes Eufrosina Ayres de Sorocaba. Antonio Paes de Barros, 1° barao de Piracicaba, faleceu em 11 de Outubro de 1876, em São Paulo e foi enterrado no cemitério da Consolação.

registro de casamento em 1819 de Antonio Paes de Barros e Gertrudes Eufrozina de Aguiar


"Antonio Paes de Barros com
Gertrudes Eufrosina de Aguiar"
Aos vintenove de Junho do miloitocentos e dezenove anos no oratorio de/da Donna Gertrudes
Eufrosina Ayres..... ......................Rafa
el Tobias de Aguiar e Bento Paes de Barros solteiros......testemunhosde……………………Antonio Paes de Barros natural da Villa
de Itu, filho legitimo do capitao Antonio de Barros Penteado e da Donna Maria
Paula,……por parte paterna de Fernando Paes de Barros, natural de Araçiguarama,
e de Angela Ribeiro Leite, natural da Cidade de Sao Paulo; com Donna Gertrudes
Eufrosina de Aguiar, natural desta Villa, filha do Coronel Antonio Francisco de Aguiar
Aguiar e de Donna Gertrudes Eufrosina de Aires, naturais desta Villa, neta por parte
Paterna de Jeronimo de Almeida de Abreo/u e de Leonarda Maria de Menezes…..por parte
Materna do Coronel Paulino Ayres de Aguiar, natural de Sao Sebastiao e de Donna………
Anna Maria de Oliveira…natural desta Villa.............................’neto por parte Materna de Salvatore Jorge Velho e de Genebra Maria.Machado………………"
a esquerda
a assinatura do testemunho  Bento Paes de Barros, barão de Itu, o meu 4° avô, irmão do 1° barão de Piracicaba, tambem cunhado do brigadeiro.
Rafael Tobias de Aguiar, porque casou com outra irmã dele: Leonarda de Aguiar.

a direita
a assinatura do testemunho Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar,   irmão de Leonarda de Aguiar (acima), Gertrudes Eufrozina de Aguiar (esposa do Barao de Piracicaba, Antonio Paes de Barros) como tambem de Rosa de Aguiar que foi casada com o meu outro 4° avô, Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba em 2° nupcias. Francisco tambem irmão do Barao de Itu e do Barao de Piracicaba..... a primeira esposa de Fransisco Xavier de Barros foi tambem uma irmã dos Aguiar: Ana de Aguiar que faleceu sem geraçao.
(o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar casou em dia 14 de Junho 1842 com a Marquesa de Santos, Domitilia de Castro e Canto. Testemunho foi Francisco Xavier Paes de Barros).

Témos assim 3 irmãos Paes de Barros de Itu casados com 4 irmães de Aguiar de Sorocaba.

O casal viveu desde ca. 1829 /30 em Itu no quarteirâo n 2 da villa .(fonte: maço de populaçao em 1836) .
Parece que viveram em uma casa que Antonio Paes de Barros havia herdado entre 1822 (morte do pai) e 1829 (morte da mãe) dos seus pais Antonio de Barros Penteado em Maria Paula Machado (fonte: testamento e inventario , partilha amigavél 1822/1829 , Museu Republicano de Itu).

No maço de populaçao do 1836 consta que ele viveu em Itu, com sua esposa e 4 filhos e com as agregadas Clara Maria de Barros de 41 anos, Maria de 46 anos e Maria do Carmo de 10 anos em Itu, possui chacara com café e 33 escravos.
Antonio Paes de Barros foi um dos fundadores da vila de São João do Rio Claro (atual Rio Claro), SP onde ele comprou a fazenda Santo Antonio cerca na decada de 1820.
Introduziu a cultura de café no Estado de São Paulo.
Foi muito influente na política paulista. Em 1822, foi eleito deputado por São Paulo, para as Cortes de Lisboa.
Em 2 de Dezembro de 1854, recebeu o título de Barão de Piracicaba.

Gertrudes de Aguiar, irmã do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, Foto do acervo da marquesa de Itu, quadro por J. Stewart é do 1873 (postmortem)  parte do Museu Paulista em Sao Paulo.

Gertrudes de Aguiar casou com 19 anos em 29 de Juno 1819 com Antonio Paes de Barros, de 28 anos.
Este casamento talvez foi aranjado entre os dois patriarcas da familia, ainda aos tempos que o Antonio Francisco de Aguiar, pai de Gertrudes era vivo.
O pai dos irmâos Paes de Barros de Itu, Antonio de Barros Penteado, na epoca foi importante fazendeiro e produtor do açucar

Antonio Francisco de Aguiar, pai de Gertrudes, faleceu em 1818, um ano antes do casamento. Assim parece que foram o irmão de Gertrudes, o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e a mae deles, Gertrudes Aires que guidaram do casamento .
Apos a morte de Antonio Francisco de Aguiar , sue unico filho, o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar subsitui seu pai como cobrador de impostos. Ele e as suas irmãs foram herdeiros de grande patrimonio. Na epoca foram os parentes masculinos mais proximos que guidaram do patrimonio de mães, irmãs ou netas etc.
 
Na cidade de Sao Paulo, o 1° barão de Piracicaba foi erguer em terras de sua chácara na atual Rua Florencio de Abreu na decada 1870 a primeira fábrica de tecidos movida a vapor da cidade (1872- c.1874) , que tinha em sociedade com seu filho Diogo Antônio de Barros .
Em Itu, o 1° barao de Piracicaba fora sócio do Coronel Luís Antônio Anhaia na fábrica São Luís (1869), o primeiro estabelecimento fabril a vapor da Província; deixara a sociedade em 1871 e agora, em São Paulo, se tornava sócio de seu próprio filho. Este ultimo, por sua vez, ficaria sócio de Anhaia na fábrica de tecidos erguida em São Paulo, em 1885, no bairro do Bom Retiro, também nas proximidades da estação da estrada de ferro.

Os filhos do 1° barao de Piracicaba, Antonio Paes de Barros e de Gertrudes de Aguiar foram :
1) Maria Rafaela Paes de Barros (1827-1895), casada com seu primo Antonio Francisco de Paula Souza ( foram os pais do fundador da politecnica em SP o Antonio Francisco de Paula Souza) 
Mais sobre o filho, o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza aqui  
2) Rafael Tobias de Barros, o 2° barão de Piracicaba (1830-1898),
casou 1 vez em 1854 com sua prima Leonarda de Aguiar, filha do Bento Paes de Barros, 1° barao de Itu. Este ultimo irmão do 1° barao de Piracicaba. 2nda vez ele se casou em 1863 com Maria Joaquina de Mello e Oliveira, filha dos Viscondes de Rio Claro.
3) Gabriela de Aguiar Barros, nascida ca. em 1835, casada com Joao Nepomuceno de Souza Freire e 2nda vez com seu primo o doutor João Francisco de Paula Souza f.ilho do conselheiro Francisco de Paula Souza e Mello e de Maria Leite (este ultima irmã mais jovem do 1° barao de Piracicaba)..
4) Antônia Paes de Barros, a marquesa de Itu (1838-1917), casou com seu primo o Marques de Itu, filho dos 1°s baroes de Itu (Bento Paes de Barros e Leonarda de Aguiar)
5) senador Antônio Paes de Barros (1840-1909), casou com sua prima Maria Paes de Barros (nascida Maria de Souza Barros , a autora e memorialsista conhecida pelo livro "no tempos de dantes" ) .
6) o major Diogo Antônio de Barros (1844-1888), em sociedade com seu pai na primeira fábrica de tecidos de São Paulo. Casou com Eliza Dias Toledo.

Gertrudes de Aguiar foi de saude sensivel e faleceu em 1865 com 65 anos provavelmente na fazenda em Rio Claro ou em Itu.
Parece ter vivida entre Itu e Rio Claro (fazenda de Santo Antonio). 
Esta fazenda de Santo Antonio data muito provavelemente da decada 1830-1840 e foi dada à seu filho, Rafael Tobias de Aguiar Paes de Barros (depois 2ndo barao de Piracicaba), quando casou pelo 2a vez em 1863 com Maria Joaquina de Oliveira Mello, filha dos Viscondes do Rio Claro.
 
Em 1854/55 os barões de Piracicaba mandaram Antonio (1840) e Diogo (1844), os 2 filhos mais novos em Alemanha para estudar. Junto à eles foram enviados tambem, Antonio Francisco (1843) e Francisco (1845) de Paula Souza, os filhos de Maria Raphaela, a irmã mais grande de Antonio e Diogo.
 

Os filhos e netos voltaram em 1858 cerca pelo motivo de saude. Voltaram em 1860/61 na Europa. Esta vez na Suiça, na então politecnica em Zurique. Apos revoltas de estudantes em 1864 foi espulso o Antonio Francisco de Paula Souza que depois terminou seus estudos em Carlsruhe na Alemanha.
 
Diogo Paes de Barros voltou no Brasil e em 1866 lutou na guerra do Paraguai. Diogo Antonio de Barros foi capitao na voluntaria da Guerra do Paraguai em ca. 1865/66.
Dele escrevem que era muito brioso partecipando no combate da Ilha de Redençâo no dia 10.04.1866 e portou-se com bravura. foi ferido na cabeça para uma bala da fuzil., partecipando na batalha de Tuiuti em 24.04.1866. (livro EXERCITO em operaçôes na Republica do Paraguay (1866) Ordens do dia.)
 
Diogo Paes de Barros fundou a primeira fabrica de tecidos e algodão na cidade de Sao Paulo junto ao seu pai em 1872.
Em antigas fotografias se pode ver o seu chalet na Rua Florencio de Abreu. A sua fabrica pode se ver em uma tela do Benedito Calixto (inundção da Varzea do Carmo) com muitos detalhes.
Apos a sua morte a fabrica foi cuidado por algum tempo por seu genro, o Dr. Rivadavia da Cunha Correa (esposo da sua filha Isabel) que depois a vendeu em ca. 1890 . Isabel sua esposa (filha de Diogo) morreu em 24.3.1893 e ele em 1920.

Tem rua com seu nome "maior Diogo" em Sao Paulo, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio. Em muitos artigos nos jornais da epoca é nomeado maior. nao sei a data de este titulo.



- Antonio Paes de Barros após os estudos na Alemanha, dedicou-se porém a agricultura e foi tambem dono da Fazenda Barra em Pirassununga, 
A sede da casa ainda existe. e foi dentro as suas terras da fazenda que costruiram a estação da Ema e  hoje é a Fazenda da Aeronautica Militar.

Antonio Paes de Barros tive diversas voltas o cargo do verador municipal de Sâo Paulo. Occoupou tambem o cargo do Comandante Superior da Guardia Nacional. Foi diversas vezes director e presidente da Companhia Paulista e do Banco União.
Foi eleito senador em 1904. 
Faleceu em 21.09.1909 em São Paulo e foi enterrado no cemiterio da Consolação em São Paulo.
Casou em 1868 com uma sua prima, Maria Souza Barros (1851-1952), filha do Comendador Luiz Antonio de Souza e de Felicissima de Almeida Campos. (mais tarde ela era conhecida como a memorialista Maria Paes de Barros. leia no link ).
 

 
- Raphael Tobias de Aguiar Barros, o 2° barao de Piracicaba e filho do 1° do mesmo titulo, nascido em 1830, casou-se em primeiras nupcias com 24 anos em 1854 com sua prima materna e paterna: Leonarda de Aguiar Barros (irmã da minha trisavó Gertrudes e ambas filhos dos barôes de Itu),
O casamento de Raphael e Leonarda durou pouco; Leonarda faleceu em 1854. Foram sem filhos..

Em segundas nupcias Raphael Tobias casou com Maria Joaquina (Mariquinha) de Melo Oliveira, irmã da condessa do Pinhal e da baronesa de Dourado, todas filhas de José Estanislau de Oliveira, visconde de Rio Claro e de Elisa Justiniano de Melo Franco.

Após o casamento com D.Mariquinha, continuou morando na fazenda Santo Antonio, em Rio Claro, a fazenda do seu pai,, o Horto Florestal da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, hoje Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade.

Tinha muitos negócios na capital que exigiam sua presença, obrigando-o a viagens constantes" (Motta 1992: 22).
Em 1877 va a morar no seu novo palacete em Sao Paulo. Aqui o palacete do 2° barao de Piracicaba em Sao Paulo na entao Rua Alegre.
 

Dentre os vários empreendimentos de Raphael com os seus primos e parentes da familia Paes de Barros, destacam-se a fundação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, do Banco de Comércio e Indústria de São Paulo além da doação de um terreno para a sede da Santa Casa de misericórdia de São Paulo.

Recebeu o titulo de nobreza de 2° barão de Piracicaba em 1880. 

Era pai de Sofia Oliveira Paes de Barros 1877-1934 c/c Washington Luis Pereira de Sousa, presidente do Brasil.

Raphael Tobias de Agauir, 2ndo barâo de Piracicaba - fotocredits de Felipe de Barros Marquezini, descendente dele


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Itu e Sorocaba, origens de familia

Atualizado Agosto 2024 por Tiffany 



Vista da cidade de Itu, Jean Baptiste Debret, 1831
"........Muito provavelmente, o Capitão Antônio Francisco de Aguiar  de Sorocaba, casado com Gertrudes Eufrosina Aires,  (filha do tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre e Ana Maria de Oliveira)  estabeleceu um pacto com o Capitão Antônio de Barros Penteado, de Itu, marido de Maria Paula Machado, com o objetivo de instituírem uma estratégia matrimonial envolvendo as respectivas proles, de modo a beneficiar os patrimônios de ambas as famílias. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

O Coronel Antonio Francisco de Aguiar
Nasceu em 1771 e era filho de Jeronimo de Almeida De Abreu e Leonarda Maria de (Moura) Menezes. Serviu em 1788 as tropas em Santos, durante a guerra com os espanhóis e depois foi para Sorocaba onde seguiu carreira na Companhia de Auxiliares de Paulino Aires de Aguirre que em 1790 diventou seu sogro.
Paulino Aires de Aguirre pertencia a uma das mais importantes famílias de Sorocaba, profundamente envolvidos
na esfera mercantil, não apenas de gado, mas de fazendas vindas do Rio de Janeiro e a
parentados de Salvador de Oliveira Leme, de quem Paulino era genro. Salvador de Oliveira Leme exerceu o posto de inspetor do Registro de Sorocaba até o início da década de 1780, quando possivelmente passou esta atribuição para o genro. 

Em 3 de março 1793 casou com Getrurdes Eufrozina Aires, nascida em 1777 e filha de Paulino Aires de Aguirre (supra) e de Anna Maria de Oliveira.

Em 1796 substitui seu sogro Paulino e se torna “cobrador de impostos” de Sorocaba com um amplo leque de relações.

Era arrematador, durante quase toda a sua vida, de diversos impostos e amealhou considerável patriomônio ao longo dos anos Teve apenas 4 filhas e um filho homem, o famoso brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar , importante homem da política provincial nas primeiras décadas do Império. 
O Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1793-1857), por muitos anos grande líder do Partido Liberal, por duas vezes presidente da Província (1831-1835 e 1840-1841), por exemplo, deixara de sua união com a Marquesa de Santos (1797-1867) quatros filhos.

Faleceu Francisco Antonio de Aguiar em 1818 e foi subsituido por seu unico filho Rafael Tobias de Aguiar. Para tanto, Antonio Francisco de Aguiar resp. sua viuva ou seu unico filho homem (=tutor e patriarca da familia apos a morte do pai em 1818) deu quatro de suas filhas,as irmãs de Rafael Tobias de Aguiar em casamento aos 3 filhos solteiros de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado de Itu.


- em 1819, Gertrudes Eufrosina de Aguiar (1797-1865) consorciou-se com Antônio Paes de Barros, futuro Barão de Piracicaba (1791-1876) 

- em 1820 a sua irmã, Leonarda de Aguiar, (1806-1881) casa com Bento Paes de Barros (1788-1858), futuro Barão de Itu .(Sou tetra-neta deles); 

-  em 1827, outra irmã de Leonarda e Gertrudes, Rosa de Aguiar (1811-1847), consorciou-se com Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba (1795-1875), irmão de Be
nto e Antônio,.
(Sou tambem tetra-neta deles)
Depois de Rosa falecida em 1847 
o viúvo, capitáo Chico, casou-se no mesmo ano com outra irmã Aguiar, de nome Anna Fausta Maria de Jesus Aguiar, a mais velha de todas. 

Temos assim quatro irmãs Aguiar casadas com três irmãos Paes de Barros. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.


A familia Paes de Barros, natural de Itu, grande produtora de açucar desde 1780 era jà muito abastada. . 
O tombamento de Itu em 1817 organizado pelo cap.mor da vila Vicente da Costa Goes e Aranha informa que em Itu foram arolados 136 engenhos, 400 lavradores e 3’317 escravos.
Entre os mais importantes senhores de engenho està Antonio de Barros Penteado, e seu genro Jose de Mesquita.  

Antonio de Barros Penteado (1742-1820) foi casado com sua prima (!) Maria Paula Machado, ( filha do capitao-mor Jorge Velho e Genebra Maria Machado) e tivem 8 filhos. Era filho de Fernao Paes de Barros e Angela Ribeiro de Cerqueira. Com os seus irmãos José e Francisco foi para as minas de Ouro em Mato Grosso, particularmente na de “Melgueira”.  De volta apõs ca. 20 anos, Antonio e José compraram terras em Itu e Capivari onde tiveram grandes fazendas. 

Como refere Taunay livro III pag. 70, na fazenda campos Eliseos em Itu do Antonio de Barros Penteado  foram registrados 100 escravos e igual numero nos 2 fazendasGramãdo” e “São Joao” 


A familia de Antonio Francisco de Aguiar, natural de Sorocaba, arrematador de diversos impostos, amealhou considéravel patrimonio ao longo dos annos. Por radicar-se em Sorocaba, é fácil deduzir que a família Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo, que abarcava como 
Sorocaba 1864


atividades econômicas principais a comercialização de muares, criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para abastecimento de pontos remotos no interior do País.

Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu, elevada à condição de cidade conjuntamente com Sorocaba em fevereiro de 1842.

A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, Naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado:

Antônio da Silva Prado, futuro Barão de Iguape, administrava então o Registro de Animais de Sorocaba, e essa atividade era um foco de constantes atritos com os Aguiar. Como cobrador de novo imposto, entáo colocado por Antonio da Silva Prado, entretiveram alcunos conflitos sobre os procedimentos de essa arredacao, como sobre menzionado.
Sucedendo ao pai, o brigadeiro Rafael Tobias (casado com a Marquêsa de 
Santos, Domitilia de Sousa e Castro em 1842), manteve uma rivalidade ainda maior do pai com Antonio da Silva Prado por causa da cobrança dos impostos promovido por este que se estendeu como vem contado, tambem sobre os seus parentes Paes de Barros (?) ou talvez são somente lendas.

Os casamentos realizados entre os de Aguiar e os Paes de Barros também iriam facilitar o desenvolvimento das respectivas atividades econômicas, pois um lado da família se encarregaria de providenciar o meio de transporte apropriado para que a produção agrícola proveniente das fazendas que o outro lado da família explorava em Itu chegasse segura ao porto de Santos. (Uma das filhas de Antonio de Barros Penteado era casado Jose Xavier da Costa Aguiar" em Santos, veja em baixo)

Francisco Xavier Paes de Barros,
 tetravó de Tiffany, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal: Participou com o seu irmão Bento Paes de Barros tambem tetravó de Tiffany, da Revolução de 1842 ao lado de Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo
Foram presos mas depois anistiados. Francisco Xavier, apelidado mais tarde de Capitão Chico Sorocaba, transferiu-se depois para Santos, casando-se, com duas irmãs Aguiar. (Rosa e Anna) volta na cidade de Sorocaba onde aministrou casas e fazendas do seu cunhado Rafael Tobias de Aguiar.. A mudança de domicílio estava certamente ligada aos interesses familiares mantidos nessas localidades.

Sob o ângulo de esta "familia Paes de Barros" descendentes de Manoel Correa Penteado e Beatriz de Barros de Araçariguama (veija como o sobrenome mudou !) -  o
 planejamento dos casamentos é ainda mais amplo.
Além dos três filhos já citados (Bento, Antonio e Francisco) , o pai Antonio de Barros Penteado havia  casados suas filhas com "imigrantes" portuguêses, amplamente involvidos no comercio mercantil.

Anna Joaquina de Barros 
(1781-1837), a primeira filha do casal Antonio de Barros Penteado , que casou-se com João Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era como dizem "o correspondente comercial" de seu sogro (Antonio de Barros Penteado).


- Genebra de Barros Leite (1784-1836), com o brigadeiro Luis Antônio de Sousa e em 2° nupcias, com José da Costa Carvalho, futuro Marquês de Monte Alegre e Presidente da Provicia.


- Escolástica de Barroscom o ouvidor português Miguel de Azevedo Veiga;

- Angela Ribeiro de Cerqueira (1799- ?), com José Manuel de Mesquita, comecriante e negociante de escravos do Oeste Paulista; 

A filha caçula , Maria de Barros Leite (1804-1899), foi casada com o senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Mello, ituano com livre trânsito nos meios politicos da Corte. (Deles descende o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, neto materno do 1° Barao de Piracicaba) 


Isso é o nucléo do meu ramo  "Paes de Barros e Aguiar" formado-se ainda na era colonial  Alguns dos seus descendentes foram envolvidos na formação do imperio do Brasil  e depois se estabeleceu na cidade de Sao Paulo em ca. 1870, no ultimo terço do sec. 19 quando a economia agroexportadora paulista ingressava em sua etapa capitalista. 

Diz Eudes Campos : "Podia a familia Paes de Barros Aguiar, contar com a lealdade dos parentes e contraparentes paulistanos, tanto do ponto de vista social, quanto do econômico e também do político" .



Textos em parte de:

Viver e sobreviver em uma vila colonial - Sorocaba, séculos XVIII e XIX" Carlos de Almeida Prado Bacellar, 2001)
 e
"Os Pais de Barros" por Eudes Campos, no AHM 2008. ano 3, n° 16 (Arquivio histórico municipal São Paulo)

Bibliografia :
  • Historia do café, Taunay livro III
  • O Quintal de Fàbrica , Anicleide Zequina
  • Um lavrador Paulista do tempo do império;Maria Celestina  T. M. Torres Istituto Historico Geografico Piracicaba
  • Rio Claro seicentesqua (pdf) Museo Historico e Pedagocico Amador Bueno da Veiga
  • Contribuiçâo ao estudo de formação de empresario Paulista (pdf), Zelia Maria Cardoso de Mello
  • Genealogia Paulistana, Silva Leme
  • Amizade e negócios na rota das tropas, Tiago Luís Gil

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Maria Paes de Barros, née Souza Barros, autora de No tempo de dantes.

atualizado 25.05.2022



Em seu livro " No tempo de dantes" Ela fala de sua infância em torno de 1850 a 187o, do seu pai, o Comendador Luis Antonio de Souza Barros, do seu tio Francisco, o Barão de Souza Queiros como tambem de sua tia, Mafalda de Sousa Queiroz, Marquesa de Valença. Todos tambem  parentes do tronco dos Paes de Barros de Sao Paulo.
Descrive pessoas importantes, que iam e vinham na casa de seu pai. Fala de uma São Paulo como uma pequena cidade de ritmo lento, alguns sobrados e apenas escravos transitando por ruas silenciosas....Conta dos métodos de ensino em casa, em seguida, os passeios em São Paulo a pé, a vida domestica no dia-a-dia, os viagens pelas fazendas e dos trabalhos dos escravos.
Com lindas fotos dela e seu marido, o senador Antonio Paes de Barros junior, um outro parente. Jà que ele foi um primo de sua esposa, filho do 1° Baráo de Piracicaba, Antonio Paes de Barros, irmão do 2° Barao de Piracicaba, Rafael Tobias Paes de Barros e irmô do major Diogo Paes de Barros que fundou a primeira fabrica de tecidos na cidade de Sâo Paulo entre 1872-74.....
Fotos da velha São Paulo, velhas carruagens e utensílios com descriçao de vida de uma São Paulo no liberalismo brasileiro com as contradiçoes de seu tempo na élite paulistana.



Um livro interessante que deixa uma impressâo dessa epoca em Sao Paolo, de ponto de vista de uma senhora que foi "filha de sua epoca" com os varios problemas politicos e morais.

A sua biografia:


Quando dona Maria Paes de Barros fez 100 (cem) anos, em 1951, os jornais dedicaram-lhe grandes espaços para entrevistas. De extraordinária lucidez, ela conseguira notoriedade com a publicação de livros, já em idade avançada, e com atitudes políticas ousadas como as manifestações públicas de simpatias à extinta União Soviética, atitudes surpreendentes para quem pertencia a uma das mais aristocráticas famílias paulistas.


Dona Maria Paes de Barros

Aos 94 anos, Dona Maria editara, "Nos Tempos de Dantes", livro prefaciado por Monteiro Lobato. E´ uma obra preciosa, pois continha sua memória de infância, plenas de revelações sobre os costumes familiares de São Paulo do século XIX.
Ela era filha do comendador/Brigadeiro Luís Antonio de Sousa Barros, (o da avenida), que foi irmão do Barão de Limeira (Vicente de Sousa Queiroz) e do Barão de Sousa Queiroz (cel. Francisco Antonio de Sousa Queiroz). Nomes de aristocracia imperial paulista. Familia de cafeicultor, senhor de escravos e moderno capitalista.

O brigadeiro foi casado 2a vez com Felicissima de Almeida Campos. Ele foi um rico e famoso cidadão paulistano de sua época.  Brigadeiro Sousa Barros foi o primeiro prefeito de São Paulo, de 5 de maio a 21 de novembro de 1835. O cargo, após a passagem de alguns outros titulares, também de breves mandatos, foi logo extinto para ressurgir só vários anos depois. Foi filho de Genebra de Barros Leite, (irmã do barão de Itu, do barão de Piracicaba, do cap. Chico de Sorocaba Francisco Xavier Paes de Barros e outros) e do brigadeiro Luiz Antontio de Sousa.

Dona Maria Paes de Barros passara os seus dias de criança numa  chácara no, hoje, centro da cidade. A chácara dos Sousa Barros tinha sua frente entre as atuais praça do Correio e Largo do Paissandu. Estes dois logradouros, inclusive chamados na época, respectivamente de Acu e Largo do Tanque de Zuniga, estavam dentro da propriedade.

Os fundos da Chácara estendiam-se até os limites do bairro de Santana. No Largo do Tanque Zuniga, tinha nascente o rio Iacuba, cujo nome, transformou-se por modificações e simplificações, na palavra Acu, denominação antiga da área ocupada pela praça do Correio e redondezas.

O riacho Iacuba, na sua rota para encontrar-se com o rio Anhangabaú, logo abaixo, passava próximo à confluência da rua Brigadeiro Tobias com a Ladeira Santa Efigênia. Ali a chácara do comendador Sousa Barros confrontava-se com a chácara do brigadeiro Tobias de Aguiar (que foi um tio do Barao de Tatui, cuja mãe, Rosa de Aguiar, foi irmã do Brigadeiro).

Casada, em segundo núpcias, com o brigadeiro Tobias de Aguiar (cunhado de Genebra e dos barões de Itu e Piracicaba), a Marquesa de Santos foi morar numa casa construída junto à esquina daquelas duas ruas. Em frente à casa, ficava a Biquinha do Acu.

No livro Nos Tempos de Dantes, ao falar no casarão em que passou sua infância, Dona Maria Paes de Barros cita-o como "um grande sobrado, um tanto fora da cidade". Naquela época, São Paulo mal ultrapassara o seu núcleo original.

Em 1882, retalhada a chácara, demoliu-se o seu casarão. Sete anos depois, aos 78 anos, Antonio Luis de Sousa Barros morreu.


As memorias de nossa prima Maria Paes de Barros se referem ao periodo entre 1851 até 1889/1892 (repubblica), quando as famílias começaram a sofrer a desintegração econômica (primeira crise do café), o abandono e a venda de terras e as mudanças de hábitos e interesses dos filhos do sexo masculino.

Acostumada a conviver, na infância, com as grandes personalidades políticas, parentes e amigas do seu pai, Dona Maria Paes Barros casou-se em 1868 com um primo, Antonio Paes de Barros . Ele era 11 anos mais grande dela. Ele hàavia estudado  engenharia na Suiça (Zurique) e também tornou-se vereador, depois senador em 1904, já no período republicano. Ele nasceu em 1840 e era filho do 1° Barao de Piracicaba, Antonio Paes de Barros (mesmo nome do filho) e de Gertrudes Eufrosina de Aguiar (outra irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar). Era  irmâo do 2° barão de Piracicaba (Raphael), da marquesa de Itu (Anna), de Diogo de Barros que lutou na guerra em Paraguai e depois fundou a primeira fabrica de técidos na cidade de Sâo Paulo, de Gabriella, e de  Maria Raphaela casada com o Dr. Antonio Francisco de Paula Souza, (Estes ultimos foram os pais do  engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza (com quem Diogo havia estudado na Suiça) e o qual casou com Ada Herwegh conhecida em Suiça.. Mais sobre Antonio Francisco aqui : 

A carreira de Antonio Paes de Barros, porém, logo seria interrompida por uma doença que o afastou da vida ativa, vivendo invaldo por uma parte de sua vida. Assim dona Maria foi obrigada a assumir a liderança da família retirando-se para uma das fazendas de famiia em Pirassununga. O senador Antonio Paes de Barros era 
o primeiro dono da fazenda Santa Gertrudes da Barra  a "fazenda da Barra" em Pirassununga SP. Doava terras pela construçâo da estação Emas. Hoje em estas terras tem a aéronautica militar. 


Antonio faleceu em 21.09.1909 em São Paulo e foi enterrado no cemiterio da Consolação em São Paulo.



Antonio Paes de Barros e Maria de Sousa Barros, em ca 1886., foto tirada do livro "no tempo de dantes".



senador Antonio Paes de Barros, primo e marido de Maria Paes de Barros.
foto tirada do Correio Paulistano 1909 em occasão do seu falecimento.


Esvanecida a riqueza familiar, ela, jà dona matura, encontrou forças para realizar alguns trabalhos significativos, entre eles, a publicação, em 1932, de uma "História do Brasil". Foi ainda a fundadora do primeiro Tênis Clube de São Paulo, diretora da Maternidade de São Paulo e membro ativo da Igreja Presbiteriana de São Paulo.



Cinco gerações da família paulista Souza Barros. Ao centro, Dona Felicíssima, com sua tataraneta Evangelina no colo. Maria Paes de Barros está à esquerda, sua filha Maricota Barros Wright, à direita. De pé, sua neta Elisa Oliveira, c.1920. (Imagem do livro No Tempo de Dantes)


Maria de Sousa Barros nasceu em 9.7.1851, casou em 1868 com seu primo Antonio Paes de Barros (o senador para distinguir os muitos Antonios na familia)  e faleceu 11.9.1951. Foi enterrada no cémiterio da Consolação.

Foram pais de  9 filhos : 

- Antonio Paes de Barros  ( 1870-?) , apelidado Tonicao, era funcionàrio da Segreteria de Agricoltura,

- Maria Luiza (Maricota) 1872-1924, casada com o ingles, o Coronel Edmundo Wright  (ela supra na foto).

- Luiz Paes de Barros,(1874-?)

- Ottilia Paes de Barros (1875-=) casada com Sideny Crowthes Smith em 1899 na igreja Presbiteriana na rua 24 de Maio em Sao Paulo,

- Dr. Eduardo Paes de Barros, (1880-1913)  delegado da Policia em Faxina, casado com Olivia Lobato;

- Dr. Gustavo Paes de Barros,(1881-?) deputado estadual, casado com Guilhermina (?) ;

- Gertrudes Paes de Barros  (1883- 1973) casada com o Dr. Carlos Pereira Magalhães.

- Dr. Raphael Penteado do Barros (1887-1958)  foi professor da faculdade de Medicina em Sao Paulo e Chefe de Servicio da radiologia. , casado com Luiza; 
Foi também introdutor da fisioterapia no Brasil! Durante muitos anos o curso de fisioterapia na Universidade de São Paulo teve seu nome.

- Rosalina Paes de Barros (?-1966) casada com o Prof. Othaniel Motta (ele era tambem pastor de igreja presbiterana),



Raphael Penteado de Barros , filho do senador Antonio Paes de Barros e de Maria Paes de Barros,
, foto tirada da Academia de Medicina em Sao Paulo.





Gertrudes, filha do senador Antonio Paes de Barros e Maria Paes de Barros, née Souza Barros, , foto enviada-me por a prima Leda Magalhâes de Oliveira, neta materna de Gertrudes.



Obrigada Leda pelas muitas informações !