Era arrematador, durante quase toda a sua vida, de
diversos impostos e amealhou considerável patriomônio ao longo dos anos Teve
apenas 4 filhas e um filho homem, o famoso brigadeiro
Rafael Tobias de Aguiar , importante homem da
política provincial nas primeiras décadas do Império.
O Brigadeiro Rafael
Tobias de Aguiar (1793-1857), por muitos anos grande líder do Partido Liberal,
por duas vezes presidente da Província (1831-1835 e 1840-1841), por exemplo,
deixara de sua união com a Marquesa de Santos (1797-1867) quatros filhos.
Faleceu Francisco Antonio de Aguiar em 1818 e foi subsituido por seu unico filho Rafael Tobias de Aguiar. Para tanto, Antonio Francisco de Aguiar resp. sua viuva ou seu unico filho homem (=tutor e patriarca da familia apos a morte do pai em 1818) deu quatro de suas filhas,as irmãs de Rafael Tobias de Aguiar em
casamento aos 3 filhos solteiros de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado de Itu.
- em 1819, Gertrudes Eufrosina de Aguiar (1797-1865) consorciou-se com Antônio Paes de
Barros, futuro Barão de Piracicaba (1791-1876)
- em 1820 a sua irmã, Leonarda de Aguiar, (1806-1881) casa com
Bento Paes de Barros (1788-1858), futuro Barão de Itu .(Sou tetra-neta deles);
- em 1827, outra irmã de Leonarda e Gertrudes, Rosa de Aguiar (1811-1847),
consorciou-se com Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba (1795-1875), irmão de Bento e Antônio,.
(Sou tambem tetra-neta deles)
Depois de Rosa falecida em 1847 o viúvo, capitáo Chico, casou-se no mesmo ano com outra irmã Aguiar, de
nome Anna Fausta Maria de Jesus Aguiar, a mais velha de todas.
Temos assim quatro irmãs Aguiar casadas com três irmãos Paes de
Barros. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais
desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de
estreitarem vínculos.
A familia Paes
de Barros, natural de Itu, grande produtora de açucar desde 1780 era jà muito abastada. .
O
tombamento de Itu em 1817 organizado pelo cap.mor da vila Vicente da Costa
Goes e Aranha informa que em Itu foram arolados 136 engenhos, 400 lavradores e 3’317 escravos.
Entre os mais importantes senhores de engenho està Antonio de Barros Penteado, e seu genro Jose de Mesquita.
Antonio de Barros Penteado (1742-1820) foi casado com sua prima (!) Maria Paula Machado, ( filha
do capitao-mor Jorge Velho e Genebra Maria Machado) e tivem 8 filhos. Era filho de Fernao Paes de Barros e Angela
Ribeiro de Cerqueira. Com os seus irmãos José e Francisco foi para as minas
de Ouro em Mato Grosso, particularmente na de “Melgueira”. De volta apõs ca. 20 anos, Antonio e José
compraram terras em Itu e Capivari onde tiveram grandes fazendas.
Como refere Taunay livro III pag. 70, na fazenda campos Eliseos em Itu do Antonio de
Barros Penteado foram
registrados 100 escravos e igual numero nos 2 fazendas “Gramãdo” e “São Joao”
A familia de Antonio Francisco de
Aguiar, natural de Sorocaba, arrematador de diversos impostos, amealhou
considéravel patrimonio ao longo dos annos. Por radicar-se em Sorocaba, é fácil
deduzir que a família
Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo,
que abarcava como
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Sorocaba 1864
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atividades econômicas principais a comercialização de muares,
criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes
baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para
abastecimento de pontos remotos no interior do País.
Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a
partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao
cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar,
Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras,
estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu,
elevada à condição de cidade conjuntamente com Sorocaba em fevereiro de 1842.
A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição
do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder
político e a abastança das famílias, Naquela época, os Aguiar
enfrentavam problemas com os Silva Prado:
Antônio da Silva Prado, futuro Barão de Iguape, administrava então o Registro
de Animais de Sorocaba, e essa atividade era um foco de constantes atritos com
os Aguiar. Como cobrador de novo imposto, entáo colocado por Antonio da Silva
Prado, entretiveram alcunos conflitos sobre os procedimentos de essa arredacao,
como sobre menzionado.
Sucedendo ao pai, o brigadeiro Rafael
Tobias (casado com a Marquêsa de Santos, Domitilia de Sousa e Castro em 1842), manteve uma rivalidade ainda maior do pai com Antonio da Silva Prado por causa da cobrança dos impostos promovido por este que se estendeu como vem contado, tambem sobre os seus parentes Paes de Barros (?) ou talvez são somente lendas.
Os casamentos realizados entre os de Aguiar e os Paes de Barros também iriam facilitar o desenvolvimento das respectivas atividades econômicas, pois um lado da família se encarregaria de providenciar o meio de transporte apropriado para que a produção agrícola proveniente das fazendas que o outro lado da família explorava em Itu chegasse segura ao porto de Santos. (Uma das filhas de Antonio de Barros Penteado era casado Jose Xavier da Costa Aguiar" em Santos, veja em baixo)
Francisco Xavier Paes de Barros, tetravó de Tiffany, foi comandante da Guarda
Nacional e membro do Partido Liberal: Participou com o seu irmão Bento Paes de Barros tambem tetravó
de Tiffany, da Revolução de 1842 ao
lado de Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo.
Foram presos mas
depois anistiados. Francisco Xavier, apelidado mais tarde de Capitão Chico
Sorocaba, transferiu-se depois para Santos, casando-se, com duas irmãs Aguiar.
(Rosa e Anna) volta na cidade de Sorocaba onde aministrou casas e fazendas do seu cunhado Rafael Tobias de Aguiar.. A mudança de domicílio estava certamente ligada aos interesses
familiares mantidos nessas localidades.
Sob o ângulo de esta "familia Paes de Barros" descendentes de Manoel Correa Penteado e Beatriz de Barros de Araçariguama (veija como o sobrenome mudou !) - o planejamento dos casamentos é ainda
mais amplo.
Além dos três filhos já citados (Bento, Antonio e Francisco) , o pai Antonio de Barros Penteado havia casados suas filhas com "imigrantes" portuguêses, amplamente involvidos no comercio mercantil.
Anna Joaquina de Barros (1781-1837), a primeira filha do casal Antonio de Barros Penteado , que casou-se com João Xavier da Costa Aguiar, membro
de influente clã santista, e que era como dizem "o correspondente comercial" de seu sogro
(Antonio de Barros Penteado).
- Genebra de Barros Leite (1784-1836), com o brigadeiro Luis Antônio de Sousa e em 2° nupcias, com José da Costa Carvalho, futuro Marquês de Monte Alegre e Presidente da Provicia.
- Escolástica de Barros, com o ouvidor português Miguel de Azevedo Veiga;
- Angela Ribeiro de Cerqueira (1799- ?), com José Manuel de Mesquita, comecriante e negociante de escravos do Oeste Paulista;
A filha caçula , Maria de Barros Leite (1804-1899), foi casada com o
senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Mello, ituano
com livre trânsito nos meios politicos da Corte. (Deles descende o engenheiro Antonio
Francisco de Paula Souza, neto materno do 1° Barao de Piracicaba)
Isso é o nucléo do meu ramo "Paes de Barros e Aguiar" formado-se ainda na era colonial Alguns dos seus descendentes foram envolvidos na formação do imperio do Brasil e depois se estabeleceu na cidade de Sao Paulo em ca. 1870, no ultimo terço do sec. 19 quando a economia agroexportadora paulista ingressava em sua etapa capitalista.
Diz Eudes Campos : "Podia a familia Paes de Barros Aguiar, contar com a lealdade dos parentes e contraparentes paulistanos, tanto do ponto de vista social, quanto do econômico e também do político" .