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domingo, 17 de novembro de 2013

Madame Leandro Dupré - mais uma escritora /memorialista na familia dos Paes de Barros

atualizado em dez. 2021 e fev. 2022



Madame Leandro Dupré – Mary Joseph- Maria José Dupré Maria José Fleury Monteiro

Nem todos os membros da extensa familia Paes de Barros foram somente barôes, politicos e ricos! 
Madame Lendro Dupré, Maria José Dupre
Muitos membros da familia eram fazendeiros, trabalho e vida dura na epoca de entao.

Maria José Dupré, autora de „eramos seis“, livro mais conhecido dela, foi descendente do ramo Barros-Aguiar da familia Paes de Barros, descendentes de Fernão Paes de Barros e Angela Ribeiro (ou de Cerqueira).

Seus bisavós maternos foram o Capitao Chico, Francisco Xavier Paes de Barros e Rosa de Aguiar, 4°s avós de Tiffany. Seus avós paternos foram membros de familia Lopes de Oliveira de Sorocaba, envolvidos na historia do ramo Barros-Aguiar na historia de familia.

O bisavô  capitão Chico foi filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, residentes em Itu e foi irmão do 1° Barao de Itu, do 1° Barao de Piracicaba, de Genebra de Barros Leite, de Escholastica Paes de Barros, de Anna Joaquina Leite, de Angela Ribeiro Leite, de Floriano Joaquim de Barros e de Maria Leite de Barros.

a bisavó Rosa de Aguiar foi filha do Coronel Antonio Francico de Aguiar e Gertrudes Eufrzina Ayres de Sorocaba e Irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar, Gertrudes de Aguiar, Leonarda de Aguiar e Anna de Aguiar.


BIOGRAFIA SEGUNDO A WIKIPEDIA:

„Nascida na fazenda Bela Vista, na época município de Botucatu, era filha de Antônio Lopes de Oliveira Monteiro e de Rosa de Barros Fleury Monteiro. Maria José foi alfabetizada pela mãe e seu irmão mais velho. Ainda em Botucatu, estudou música em aulas particulares e pintura no Colégio dos Anjos. Sua formação literária, contudo, deu-se antes mesmo da frequência na escola: seus pais, apesar de não serem ricos, mantinham o hábito da leitura e ainda menina já tinha travado contato com livros clássicos portugueses e mundiais, de autores como Eça de Queiroz, Leão Tolstoi, Nietzsche, Rimbaud, Goethe e muitos outros.
Mudou-se para a cidade de São Paulo, onde cursou a Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora. Sua vida na literatura começa após se casar com o engenheiro Leandro Dupré.

Em 1939, publicou o conto Meninas tristes, no suplemento literário de „O Estado de S. Paulo“, com o pseudônimo de Mary Joseph, incentivada pelo esposo que dizia que suas narrativas eram "contos orais" que mereciam ser escritos.
Teve sua primeira obra literária publicada em 1941, intitulada O Romance de Teresa Bernard. 
Dois anos após publicou „Éramos Seis“, que veio a receber o prêmio Raul Pompéia da Academia Brasileira de Letras e o prêmio José Ermírio de Moraes. A obra recebeu diversas adaptações, começando por filme argentino em 1945 e depois em várias telenovelas com tradução para vários idiomas.
 
No ano de 1943 Dupré começa a publicar obras infantis com Aventuras de Vera, Lúcia, Pingo e Pipoca, também premiado pela ABL. 
Em 1944, junto ao marido Leandro Dupré, alia-se a Monteiro Lobato, Caio Prado Jr. e Artur Neves na fundação da editora Brasiliense.
As obras destinadas ao público infantil ganharam destaque com a série que narra as aventuras do Cachorrinho Samba, dos quais O Cachorrinho Samba na Rússia que venceu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro com títulos ainda editados.
Além de seu principal romance, teve traduzidos para outros idiomas os livros Gina e Os Rodriguez.
 
Consta que hoje o local da fazenda Bela Vista pertença ao município de Ribeirão Claro no Paraná por estar muito próxima da divisa entre São Paulo e Paraná.Maria José Dupré faleceu em 1984 (outros dizem em 1987) e nâo tive filhos. „


Os pais de Maria José Dupré

Rosa Aguiar de Barros Fleury, nasceu em  Goias em 1862 e era filha de Francisca de Aguiar Barros e o Coronel Antonio Augusto de Padua Fleury. ( Francisca foi irmã do Barão de Tatui (trisavô de Tiffany))
Rosa recebi uma educaçao domestica junto a algumas primas que obtinham aulas. Conheceva a lingua francesca e as literaturas nacional e estrangeira e legia muitos jornais, livros e periodocos. Lilian Lacerda em um estudo sobre Maria José, * escreve que os infortunios levaram à mudança para Botucatu, para o sertão e depois novamente para Botucatu. A familia não dispunha mais de muitos recursos financeiros para os custos com a escolarização de todos os filhos e filhas. Assim, as irmãs moram durante uma temporada com parentes proximos e os meninos seguem para o colégio. Marie José vivia com a sua irmã Guiomar que foi casada. Em sua casa o marido possuia biblioteca com coleçao completa de Eça de Queiroz. (*Lilian Lacerda, „Album da leitura“ )
Rosa casou com 16 anos em 02.03.1778 em Sorocaba com

Antonio Lopes Monteiro nascido em 1846 em Sorocaba e 
filho de José Manoel Monteiro e de Maria Theresa Lopes de Oliveira. ( nota Tiffany: os Lopes de Oliveira e o ramo do Francisco Xavier Paes de Barros de Aguiar em Sorocaba, são muito entrelaçados. Maria Theresa era irmâ da Andreza Lopes de Oliveira. Este ultima era a terceira esposa em 1847 do Francisco Xavier Paes de Barros, avó materno de Rosa de Barros Fleury.  Outro irmâo de Maria Theresa e de Andreza se casa com Maria, ultima filha de Andreza e Francisco Xavier Paes de Barros.  - Amalia Lopes de Oliveira, outra parente de Andreza e Maria Theresa casou em 1862 com Joao de Aguiar de Barros, irmâo do barao de Tatui e ambos filhos do Francisco Xavier Paes de Barros e de Rosa de Aguiar, a primeira esposa Rosa . Depois  Francisco, irmao do nosso Antonio Lopes Monteiro supra, havia casado com Regina, uma neta do Francisco Xavier Paes de Barros, filha da filha Maria Candida e irmã de Joao de Aguiar de Barros e do barão de Tatui.)
Antonio Lopes Monteiro foi homem envolvido na lida da terra, no plantio, na criação de animais e outras atividades desenvolvidas por ele para a subsistencia da familia.Não quis estudar na capital, e quando conheceu Rosa de Aguiar de Barros Fleruy, era proprietàraio de uma olaria na cidade paulistana.. Era Tropeiro quando jovem, tendo feitos varios viagens ao Rio Grande do Sul. Nao teve maiores estudos, mas lia muito e declamava da memoria Guerra Junqueira. Com o dinheiro das tropas adquiriu uma olaria em Sorocaba, atividade que desenvolvia aos 32 anos quando casou com Rosa Barros Fleury. Seria que a familia de Rosa (os Aguiar de Sorocaba e os Paes de Barros de Itu), que foram tambem ligados aos negocios de tropas, faz que Rosa casou com Antonio.


Sobre o pai, Marie José Dupré escreve:

„Papai, em seu modo rude de sertanejo, sempre se chamou de caboclo (homem do sertão de pele queimada pelo sol) Meu pai tinha fama de homem calado, sisudo e quietarrão. Media um metro e oitenta de altura, era magro e pelos retratos de moço bonito. Diziam que ninguém brincasse com Capitão Monteiro, era muito zangado. Não. Era muito bom, mas enérgico. Apesar de enérgico dizia sempre que nunca batera num filho e não achava necessario bater. O melhor era corrigir com palavras e exemplos. A prova do que ele diziaa é que muito antes da lei de alforria aos escravos, os pais dele, Lopes de Oliveira e Monteiro de Sorocaba, jà haviam libertado todos os seus negros, que continuavam, por amizade, a trabalhar para a familia. (os caminhos, p.17) „
Antonio Lopes Monteiro tinha 32 anos quando casou em Sorocaba com Rosa que tinha só 16 anos em 1878. Ele escrevia muito bem, recitava Guerra Junqueira e sabia muitos versos de cor. Sabia todos os obras de Eça de Queiroz, assim como outras obras da literatura portuguesa. Maria José escreve que seu pai dizia:

 „no que toca à literatura do seculo passado foi a herança que recebi de meu pai „(pag. 4).
 Sobre a familia do pai, lembra Maria José:

„ Ele (o pai) ficou pensativo algum tempo, depois començou a falar sobre os parentes de Sorocaba. - Fale do brasao dos Oliveiras- eu pedia…..

Meu pai començava a desenhar o brasao. A mão segura, na espada estão as letras: I.H.S. quer dizer Jesus Hominum Salvator. De um lado – sable e do outro lado – ouro. Hà um ramo de Oliveira espetado quase na base da espada e estas as palavras: Non Commovebitur, em latim. – Eu seguia as explicações e ele perguntava a minha mãe: està certo, Rosinha ? Ela dizia que sim e explicava o significaçâo das palavras em latim : não voltaràs, não demorevàs.
Quem lembrou de fazer o brasâo ? eu perguntava. – Um dos antepassadso, os Lopes que moravam em Sorocaba…..- Mamâe explicava que eram pessoas adiantadas na epoca, possuiem biblioteca em casa. Os unicos na cidade que tinham livros, tinha toda a coleção de Alexandre Dumas… Quem é mesmo Alexandre Dumas ? eu perguntava. Meus explicavam devagar, com paciencia, citavam os romances e contavam que o folhetim que vinha diariamente num dos jornais de Capital era de Dumas……Eu jà estava cochilhando, cabeça encostada na cabeça de papai, queria saber mais e eles diziam: Chega vai dormir. Mas não tenho sonho.. eu me lamentava, tomava as bençôes dos dois e ia para meu quartinho, sem vontade. Em minha cabeça misturavam-se os romances de Alexandre….Os Lopes de Sorocaba tinham biblioteca com livros de Alexandre. Gente importante, Tinham brasão. Muito bonito. Não voltaras atràs. Como é que eu não podiam voltar atràs? Todos os dias eu voltava para tràs, esse era a verdade. Nâo seguia o brasão dos Lopes de Oliveira. Maria José, pag. 85-87.“


Depois de alguns anos em Sorocaba Rosa e Antonio decidiram de mudar-se a Botucatu. Adquiriram fazenda em 1880. - Esta propriedade tornou um importante referencia. A Companhia Sorocabana identificou-a como  ponto estrategico em Botucatu.  (depois na Companhia Sorocabana tive muitos membros da familia Paes de Barros) "Antonio Monteiro" tornou-se o nome do lugar e mais tarde virou Fazenda Vila Vitoria. A fazenda possuia colonia e uma escola dirigida para professora inglesa.  Em 1888 o menino Osvaldo (irmão de Marie José) faleceu de Tetano e a familia ainda em choque decide de mudar na cidade enquanto trataram a venda da fazenda. Ao redor de 1891 Rosa e Antonio adquirem terras na margem do Paranapanema, para onde se mudaram em 1895/96. Hoje estas terras se situam no municipio do Rio Claro, Paranà. Deixaram as meninas mais velhas com a avó e uma tia e partem para nova morada com os meninos.

Algum tempo depois, foi necessario enviar os meninos para o colegio de Sao Luiz em Itu, como alunos internos. Rosa e Antonio poussuiam um nivel cultural muito superior  à população simples dos arredadores, entre os quais tambem criminosos, regugiada da justiça, porém respeitaram Antonio.Antonio era um apaziguador e aconselhador dos nervosos vizinhos, acostumados a resolver tudo na bala e na faca.

Rosa era medica, a farmaceutica, a professora de hygiene. Situaçao difficil foi quando ela era gravida com quase 40 anos. em plena sertão ! E assim nasceu Marie José em 1898, 8 anos mais jovem que os gemeos Raul e Renato praticamente no sertão..Viveram no sertao por alguns anos, plantando cafezais, costruindo algumas casas para colonos até que ca em 1903 decidiram de voltar para Botucatu. O retorno occorre em meio de dificuldades que só foram resolvidas pelas amzidades de Antonio que era muito respeitado em Botucatu. Estes amigos indicam Antonio de aministrar uma fazenda que era dividida pelo banco - era a fazenda Bela Vista. Antonio tive amizidade com o condé da Serra Negra, Maneco Conceição, seu antigo vizinho da fazenda Antonio Monteiro. Tive tambem o seu irmâo, Maneco  Lopes de Oliveira, dono da fazenda 


Escreve Maria José Dupré no seu livro "os caminhos": 


Botucatu, Fazenda Bela Vista, (Marie José Dupré)
„ Eu crescia na fazenda Bela Vista e aprendia a ler e escrever com minha mãe. Aprendia a contar com meu irmão mais velho quando ele aparecia na fazenda. E quando Raul e Renato chegavam do colégio, nas férias, havia festa. As noites eram tranqüilas entre conversas e fatos que os meninos contavam do colégio à luz dos lampiôes de querosone suspensos sôbre a mesa de sala de jantar. Papai sentado na rêde, eu sentada ao seu lado, ouvindo a prosa. Lembro-me de mamàe debraçada sobre a màquina de costura e aquele tà-tà-tà me ficou nos ouvidos pela vida afora. Mamàe tinha conhecimentos gerais de tudo que aprenderia em casa de tia Genebra de Aguiar Barros que fora casada com um irmão de vovò.
(Nota: Quando Marie José fala de tia Genebra de Aguiar Barros, se refere à sua prima Genebra de Souza Queiroz, filha de Vicente de Souza Queiroz, o Barão de Limeira, casado com a sua prima Francisca de Paula Souza. 
O Barão de Limeira foi descendente de Genebra de Barros Leite (4a tia-avõ de Tiffany), irmâ do 1° barao de Piracicaba, irmã do 1° Barao de Itu (4° avó de Tiffany , do cap. Chico de Sorocaba (4. avó de Tiffany) Genebra de Barros Leite foi tia-avô de Marie-José ).

A esposa do Barâo de Limeira, Francisca de Paula Souza foi tambem uma prima de Marie-José sendo descendente de Maria de Barros Leite , irmã de Francisca de Barros Aguiar, a avó de Marie-José, ambas filhas do cap. Chico de Sorocaba, Francisco Xavier Paes de Barros e Rosa de Aguiar, (4°s avós de Tiffany).

Genebra de (Souza Queiroz) Aguiar Barros foi casada com Antonio Francisco de Aguiar, irmão do Barão de Tatui e de Francisca de Aguiar Barros Fleury, avó de Marie José Dupré), todos filhos e filha do Cap. Chico de Sorocaba con Rosa de Aguiar.


Eu mal soletrava e jà conhecia as fàbulas de „La Fontaine“, gostava de recitar a „Cigarra e a formica“, imitando a pronuncia de mamãe. Minha mâe falava sobre o autor e o signifacção de cada historia e dizia que as criaturas humanas representam as mesmas historias. Ela recitava em alemão os versos de Schiller, de Heine e de Goethe, contava que aprendera com a mesma professora que ensinara prima Rosa Antonia, filha de tia Genebra.( A prima Rosa Antonia, filha de essa Genebra de Aguiar Barros foi casada com Agenor de Azevedo. Rosa Antonia foi irma de Francisca de Aguiar Queiroz, casada com Evarista Ferreira de vieiga )

Haviam aprendido juntas os classicos alemães e franceses. Eu pedia: „- Mamãe, recite aqueles versos de Heine….“- Ela recitava enquanto costurava…..(Maria José Dupre, Os caminhos, pag. 59-62). „
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Sobre o seu nome de autora: MADAME LEANDRO DUPRé:
"Chegou a hora do nome. Eu disse que preferia um pseudônimo, o mesmo do conto: Mary Joseph. Houve discussão, troca de ideias, outros foram consultados. Ninguém compraria um livro de autor desconhecido e com nome esquisito. Imaginava os sorrisos engraçados: "Agora você virou romancista? Escritora?" E se ninguém comprasse? Se o romance não tivesse sucesso? Artur Neves falou com energia: "Um romance com esse pseudônimo estaria condenado ao fracasso..." Leandro teve uma ideia: "E se ficar Sra. Leandro Dupré? O que o senhor acha?" Voltou-se para mim e disse brincando: "Iremos juntos para o sucesso ou para o fracasso..."
Sobre o seu marido Leandro Dupré
„Leandro tocava violino numa orquestra de amadores, na qual se tornou o primeiro violino. Ensinou-me a apreciar os grandes Músicos e compositores. Um dia eu disse: - Sabe? Gosto de Alberniz, de Brahms, de Mozart, de Debussy, mas nunca pude entender Wagner, acho tão longe, longe demais para meu entendimento, està muito alto. – Você vai adorar a musica de Wagner, vai ouvi-la até comprendê-la. Isso conteceu anos mais tarde, quando viajamos pelos Estados Unidos.( Pag. 237)“


Marie José pousou para " O creme Pond's", da Johnson & Johnson

Sobre a sua casa natal, a fazenda Bela Vista, escreve: 

" Não olhei para trás quando deixei a chácara pela ultima vez. Só voltei a cidade uns vinte anos depois e nada mais existia: nem a casa, nem as árvores, nem os pássaros. Em seu lugar haviam construido uma Escola Profissional ou instituto não sei bem..."

Efeitivamente onde estava a fazenda Bela Vista parece foi vendido o terreno e foi costruida a escola profissional secundaria de Botucatu.


Botucatu, Fazenda Bela Vista, (Marie José Dupré), depois escola profissional secundaria



A ) Os avós maternos:

1. Francisca de Barros Aguiar nasceu em 24. Maio de 1842 em Sorocaba, e foi batezada em 16 de Junho. Foi irmã do Barão de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros (trisavô de Tiffany), como tambem de Maria Candida , Raphael de Aguiar Barros, Dr. Antonio Francisco Aguiar Barros, Joao Aguiar de Barros, Gertrudes Brazilica de Aguiar Barros, Bento de Aguiar Barros; eles todos meio-irmaõs de Carlos Paes de Barros, Brasilico Lopes de Barros, Fernão Paes de Barros, Maria Lopes de Barros.

Francisca casou em 28 Novembre 1860 com o Coronel Antonio Augusto de Padua Fleury.

A avó Francisca vem descrita por Marie José com forte personalidade, mulher séria, aspera nos costumes, exigente e com expressões de permanente insatisfação.  Certo a vida foi muito dura pelas mulheres. Apesar da imagem austera, sem traços de vaidade e sem manifestar muito carinho pelos netos, ela era a contadora de historias.

„ Eu gostava de ouvir as historias que narrava de suas viagens com meu avô (Padua Fleury) de Sorocaba até Goias. Muito mais tarde, coloquei esses fatos nos livros infantis que escrevi ( pag. 121).
Marie José conte tambem de vida que faziam os avós entre Sorocaba e Goias.
„a comitiva deixava Sorocaba, os homens a cavalo e ela (Francisca) no bangüe, com as negras que a acompanhavam. Ela contava que nessa època havia indios e onças que aracavam as pessoas que viajavam atravàs das matas, quase não havia caminhos, eram trihas ou veredas no meio da floresta e atravessando os campos. Levavam muitos camaradas e quando faziam pouso, armavam barracas para dormir. Antes das quatro da tarde jà se recolhiam; colocavam os animais cercados por cordas, acendiam fogo para o feijão virado e café. Depois de dar ração aos cavalos, apagavam o fogo e se recolhiam. Sempre um homem ficava de guarda, no escuro da mata. Ela nunca conseguiu dormir, tinha muito mêdo. Era proibido acender mesmo um palito de fôsforo nas barracas e certa vez um dos camaradas acendeu o cachimbo de barro; bastou aquela luz e a fleccha veio certeira e matou o homem. Os indios deviam andar por perto, esperando uma oportunidade para matar os brancos odiados. Tentavam também roubar cavalos e meu avô passou muitas noites desperto, atirando com a carabina para afugentà-los. (Maria José Dupré, Os caminhos, pag. 121, 122) „

Sobre a vida de avó Francisca na fazenda:

„ Sei que estava na fazenda de sua avó com suas irmãs que teriam oito, nove e dez anos. Seu tio (?) estava em S. Paulo, ficava pouco na fazenda. Sei que um dia estávamos todos no terraço, tomando a fresca, quando um vizinho apareceu, num galope só, e avisou que se prevenissem, o Gumercindo não estava longe (…) Minha avó ordenou também que ninguém saísse de onde estava, ninguém fôsse trabalhar e que cada um ficasse no seu pôsto. Minha mãe contava que a calma de vovó era tão grande que a transmitia às outras mulheres.(…) Passaram três dias e très noites nessa agonia; se ouviam rumor do vento no jardim, pensavam que eram os bandidos que haviam passado a divisa sem que as sentinelas os percebessem. (…)quando mamãe lembrava esses fatos, vovó se agigantava aos meus olhos. Crescia. (Marie José Dupré. Pag. 3)“

2. Antonio Augusto de Padua Fleury era natural de Goias, foi comandante superior na Guarda Nacional. Em 1878 foi nomeado administrator do registro na …municipal de Sorocaba. Sostitui a Vicente de Oliveira Lacerda. Padua Fleury havia sido vereador em 1861-1864 e juiz de paz em 1876. morreu em 1882. Foi filho de Antonio Padua Fleury e Rosa Augusta ou Augusta Rosa ?

B) Avós paternos

Antonio Lopes Monteiro nasceu em 1846 em Sorocaba e foi filho de

3. José Manoel Monteiro de Carvalho
filho de Manoel Eufrasio Monteiro de Carvalho e de Emerenciana. O casamento com D.Emerenciana Maria Monteiro de Carvalho, realizado em 19 de janeiro de 1796, na igreja matriz N.Sra. da Ponte, Sorocaba: Foram testemunhas o Capitão António Francisco de Aguiar, pai do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar  e suas irmãs e o Alferes António Barbosa, de Araçariguama.. Faleceu em 30.12.1853
.
casou  em 06. de Janeiro 1843 com

4. Maria Theresa de Oliveira
Maria Theresa de Oliveira foi cunhada do cap. Chico, Francisco Xavier Paes de Barros. Ele depois viuvo pela segunda vez, casou em 3. nupcias com Andreza Lopes de Oliveira que foi a irmã de Maria Theresa. 
Maria Theresa de Oliveira e Andreza Lopes de Oliveira foram filhas de Antonio Lopes de Oliveira casado com Maria Lauriana de Almeida, ( f.ª do major Francisco Manoel Machado e de Izabel Loureiro, n. p. de Pedro Machado da Silva, falecido em 1790 em Sorocaba, e de Anna Domingues, Tit. Arzam, n. m. de José Loureiro de Almeida e de Angela Paes de Almeida ). 


Maria José Dupré foi autora de vários livros, mas foi o romance Éramos Seis, obra premiada pela Academia Brasileira de Letras, que a lançou efetivamente no mercado. Prefaciada por Monteiro Lobato, o livro foi traduzido para o espanhol, francês e sueco e transformado em filme na Argentina, e em quatro ocasiões, na forma de telenovela no Brasil. Escreveu para o público adulto também.




Principais obras:

* O Romance de Teresa Bernard (1941)
* Éramos seis (1943)
* Gina
* A Casa de Ódio
* Os Rodriguez
* Dona Lola (continuação de Éramos seis)
* Luz e Sombra
* Vila Soledade
* Angélica
* Menina Isabel
* Os Caminhos
* A Ilha Perdida
* O Cachorrinho Samba
* O Cachorrinho Samba na Fazenda
* O Cachorrinho Samba na Floresta




Fontes:
  • "os caminhos" por Maria José Dupré,
  • "Eramos seis", por Maria José Dupré
  • Genealogia Paulistana,
  • Wikipedia
  • Lilian Lacerda, „Album da leitura“
  • Joao Fernando Blasi de Toledo Piza : tesi de doutorado (2015) sobre arquiteitura e territorio em Botucatu :"Nos sertões de Botucatu"



Resumo parentesco familia Paes de Barros–Aguiar e Marie José Dupré:

Antonio de Barros Penteado (1742-1820) e Maria Paula Machado (5°s avós de Tiffany) de Itu, foram pais de :
  1. Angela Ribeiro de Cerqueira
  2. Joaquim Floriano de Barros
  3. Genebra de Barros Leite
  4. Escholastica Joaquina de Barros
  5. Bento Paes de Barros, o Barão de Itu (4° avô de Tiffany)
  6. Antonio Paes de Barros, o  Barão de Piracicaba
  7. Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba, ca. 1794 – 1875,(outro 4° avô de Tiffany). Casou 3 vezes.Primeira vez com Rosa de Aguiar, irmã do Brigadeiro Rafael Tobias. segunda vez com a irmã mais velha de Rosa, a Ana de Aguiar. Sem geração com a segunda esposa.A terceira vez com Andreza Lopes de Oliveira(nascida em 1813) que era viuva do seu primeiro esposo Antonio da Silva Guimarães em .
Os filhos com Rosa de Aguiar, a primeira esposa, foram:
7.1. Maria Candida
7.2. Dr. Francisco Xavier Paes de Barros, Barâo de Tatui, 1831-1914, (trisavô de Tiffany)
7.3. Raphael Aguiar de Barros 
7.4. Dr. Antonio Francisco de Aguiar Barros
7.5. João Aguiar de Barros casado em 1862 com Amelia Lopes de Oliveira,           parente de sua madastra Andreza Lopes de Oliveira, ver embaixo.
7.6. Gertrudes Brazilica de Aguiar Barros
7.7. Bento de Aguiar Barros
7.8. Francisca de Aguiar Barros (n. 1842) tia-trisavó de Tiffany, casou 1860 com Antonio Augusto de Padua Fleury, foram pais de :

7.8.1. Rosa Augusta de Barros Fleury, filha de 7.8. Francisca de Aguiar Barros, nascida em 1862, casou com 16 anos em 1878 com Antonio Lopes Monteiro. Ele foi filho de Maria Theresa Lopes de Oliveira, irmã de Andreza Lopes de Oliveira  Essas 2  irmãs, Andreza e Maria Theresa, foram descendentes de familia de Antonio Lopes de Oliveira (o velho), casado com Maria Lauriana de Almeida, ambos de Sorocaba.]

Tem outra ligação e parentesco: Antonio Lopes Monteiro foi cunhado de 7.12. Maria Lopes de Barros (abaixo) e ela foi filha do cap. Chico, Francisco Xavier Paes de Barros com Andreza Lopes de Oliveira. Maria Lopes de Barros foi casada com seu tio, o irmão de Antonio Lopes de Oliveira e Andreza Lopes de Oliveira foi tambem tia dele. Andreza Lopes de Oliveira foi madastra do barao de Tatui, o trisavó de Tiffany como tambem do tio-trisavô de Tiffany, o Raphael de Aguiar Barros, como tambem de Francisca de Aguiar Barros, a avó de Rosa de Barros Fleury. Andreza foi tambem madrinha de batismo de primeira filha de Raphael de Aguiar Barros c/c Anna Leopoldina da Silva Barros que foi filha de Andreza Lopes de Barros com o 1° marido 
José da Silva Guimarães }

7.8.1. Rosa Augusta de Barros Fleury e Antonio Lopes Monteiro foram pais de

  • 7.8.1.1. Euthymia Fleury Monteiro, nascida 1878 em Sorocaba
  • 7.8.1.2. Anna (Nicota) Fleury Monteiro, nascida 1880 em Sorocaba
  • 7.8.1.3. Oswaldo Fleury Monteiro, nascido em Sorocaba e falecido em 1888/89 de Tetano.
  • 7.8.1.4. Guiomar Fleury Monteiro
  • 7.8.1.5. Zenon Fleury Monteiro 
  • 7.8.1.6. Renato Fleury Monteiro nascido  1891 gemeo de
  • 7.8.1.7. Raul Fleury Monteiro
  • 7.8.1.8. Maria José Fleury Monteiro, 01.05.1898- 1984/87,  nome de arte  Madame Leandro Dupré, casada com Leandro Dupré. Sem geração.
  • 7.8.1.9. Nuno de Barros Fleury

                7.8.2. Francisco de Barros Fleury
                7.8.3. Augusta Aguiar de Barros Fleury

Os filhos de 7. Francisco Xavier Paes de Barros com Andreza Lopes de Oliveira, a terceira esposa dele, foram:
7.9. Carlos Paes de Barros, nascido em 1853
7.10. Brasilico Lopes de Barros, nascido em 1854
7.11. Fernão Paes de Barros, nascido em 1856
7.12. Maria Lopes de Barros, nascida em 1857

8. Anna Joaquina de Barros, 

9. Maria de Barros Leite (ultima filha de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado)