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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Barão de Tatui - "Chiquinho", - Francisco Xavier Paes de Barros (filho), triavô de Tiffany

Barão de Tatuí, Francisco Xavier Paes de Barros


barão de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros
em revista "Cigarra", 11.12.1914
Francisco Xavier Paes de Barros, barão de Tatui, triavô de Tiffany 

"— Paulista, nascido em Sorocaba, em 1831 ; filho de Francisco Xavier de Barros.
De estatura regular, louro, claro, quasi imberbe.
Cursou em Olinda o segundo anno, em 1852, e os mais na nossa Academia. Teve sempre approvação plena.
Por seu trato afíavel, temperamento communicativo, era estimado de todos os collegas.
Depois de formado, não fez uso profissional do grau. Dedicou-se á vida de lavrador e nella formou fortuna.
Casou-se em segundas núpcias com a viuva do Barão de Itapetininga, tornando-se então um dos mais abastados capitalistas de S. Paulo.
E agraciado com o titulo de Barão de Tatuhy. O seu titulo nobiliarchico e a sua grande fortuna não alteraram em nada os hábitos singelos e a simplicidade de trato do dr. Francisco de Barros.
Esse facto, muito honroso para o Barão de Tatuhy, deu logar ao seguinte incidente que nos foi referido por pessoa conceituosa.


Era seu amigo e velho camarada o insigne philologo Júlio Ribeiro.
Entretanto, os dois amigos tinham-se, desde alguns annos, perdido de vista.
Encontrando-se uma vez em viagem de estrada de ferro, travaram palestra, tratando-se reciprocamente com a antiga familiaridade.


Cahiu a conversa sobre o Barão de Tatuhy, a cujo respeito o Júlio Ribeiro externou alguns conceitos desfavoráveis.
— Mas, Júlio, V. não tem razão — dizia-lhe o dr. Francisco de Barros — e explicava os factosarguidos.
— Qual! Chiquinho de Barros — insistia o Júlio
— V. é muito bom e julga os outros por si, aliás, não tomaria a defesa desse Barão de Tatuhy, que se casou por ambição. . .
— E como não defendêl-o, se o Barão de Tatuhy sou eu?
— É V.?!
— Eu mesmo.
— Então, perdôe-me. A minha gaffe não tem concerto possivel.
E emmudeceu. Logo depois, para tomar uma compostura, abriu um livro, e poz-se a lêl-o, ou a fingir que o lia.
Júlio Ribeiro costumava, elle mesmo, referir esse caso. Revelava-se contrariado com o dezaso que tivera, porque se antipathisára, sem o conhecer, com o Barão de Tatuhy, sempre fora muito amigo do Chiquinho de Barros. "


Encontrado em :

A ACADEMIA DE S. PAULO ,TRADIÇOES E REMINISCÊNCIAS, 
Nona Serie Sao paulo 1912. «A Editora» — Largo do Conde Barão  — Lisboa J. L. DE ALMEIDA NOGUEIRA, Capitulo VII, turma de 1850-54.

FONTE:
http://archive.org/stream/academiadesopa05nogu/academiadesopa05nogu_djvu.txt

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