Vista da cidade de Itu, Jean Baptiste Debret, 1831 |
Paulino Aires de Aguirre pertencia a uma das mais importantes famílias de Sorocaba, profundamente envolvidos
na esfera mercantil, não apenas de gado, mas de fazendas vindas do Rio de Janeiro e aparentados de Salvador de Oliveira Leme, de quem Paulino era genro. Salvador de Oliveira Leme exerceu o posto de inspetor do Registro de Sorocaba até o início da década de 1780, quando possivelmente passou esta atribuição para o genro.
Faleceu Francisco Antonio de Aguiar em 1818 e foi subsituido por seu unico filho Rafael Tobias de Aguiar. Para tanto, Antonio Francisco de Aguiar resp. sua viuva ou seu unico filho homem (=tutor e patriarca da familia apos a morte do pai em 1818) deu quatro de suas filhas,as irmãs de Rafael Tobias de Aguiar em casamento aos 3 filhos solteiros de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado de Itu.
- em 1819, Gertrudes Eufrosina de Aguiar (1797-1865) consorciou-se com Antônio Paes de Barros, futuro Barão de Piracicaba (1791-1876)
- em 1827, outra irmã de Leonarda e Gertrudes, Rosa de Aguiar (1811-1847), consorciou-se com Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba (1795-1875), irmão de Bento e Antônio,.
Depois de Rosa falecida em 1847 o viúvo, capitáo Chico, casou-se no mesmo ano com outra irmã Aguiar, de nome Anna Fausta Maria de Jesus Aguiar, a mais velha de todas.
A familia Paes de Barros, natural de Itu, grande produtora de açucar desde 1780 era jà muito abastada. .
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Sorocaba 1864 |
Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu, elevada à condição de cidade conjuntamente com Sorocaba em fevereiro de 1842.
A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, Naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado:
Antônio da Silva Prado, futuro Barão de Iguape, administrava então o Registro de Animais de Sorocaba, e essa atividade era um foco de constantes atritos com os Aguiar. Como cobrador de novo imposto, entáo colocado por Antonio da Silva Prado, entretiveram alcunos conflitos sobre os procedimentos de essa arredacao, como sobre menzionado.
Sucedendo ao pai, o brigadeiro Rafael Tobias (casado com a Marquêsa de Santos, Domitilia de Sousa e Castro em 1842), manteve uma rivalidade ainda maior do pai com Antonio da Silva Prado por causa da cobrança dos impostos promovido por este que se estendeu como vem contado, tambem sobre os seus parentes Paes de Barros (?) ou talvez são somente lendas.
Os casamentos realizados entre os de Aguiar e os Paes de Barros também iriam facilitar o desenvolvimento das respectivas atividades econômicas, pois um lado da família se encarregaria de providenciar o meio de transporte apropriado para que a produção agrícola proveniente das fazendas que o outro lado da família explorava em Itu chegasse segura ao porto de Santos. (Uma das filhas de Antonio de Barros Penteado era casado Jose Xavier da Costa Aguiar" em Santos, veja em baixo)
Francisco Xavier Paes de Barros, tetravó de Tiffany, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal: Participou com o seu irmão Bento Paes de Barros tambem tetravó de Tiffany, da Revolução de 1842 ao lado de Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo.
Sob o ângulo de esta "familia Paes de Barros" descendentes de Manoel Correa Penteado e Beatriz de Barros de Araçariguama (veija como o sobrenome mudou !) - o planejamento dos casamentos é ainda mais amplo.
Anna Joaquina de Barros (1781-1837), a primeira filha do casal Antonio de Barros Penteado , que casou-se com João Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era como dizem "o correspondente comercial" de seu sogro (Antonio de Barros Penteado).
A filha caçula , Maria de Barros Leite (1804-1899), foi casada com o senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Mello, ituano com livre trânsito nos meios politicos da Corte. (Deles descende o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, neto materno do 1° Barao de Piracicaba)
- Historia do café, Taunay livro III
- O Quintal de Fàbrica , Anicleide Zequina
- Um lavrador Paulista do tempo do império;Maria Celestina T. M. Torres Istituto Historico Geografico Piracicaba
- Rio Claro seicentesqua (pdf) Museo Historico e Pedagocico Amador Bueno da Veiga
- Contribuiçâo ao estudo de formação de empresario Paulista (pdf), Zelia Maria Cardoso de Mello
- Genealogia Paulistana, Silva Leme
- Amizade e negócios na rota das tropas, Tiago Luís Gil