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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Itu e Sorocaba, origens de familia

Atuazlizado em 1 de março 2015 por Tiffany Bühlmann

Vista da cidade de Itu, Jean Baptiste Debret, 1831
<<Muito provavelmente, o Capitão Antônio Francisco de Aguiar  de Sorocaba, casado com Gertrudes Eufrosina Aires,(5°s avós de Tiffany) filha do tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre e Ana Maria de Oliveira estabeleceu um pacto com o Capitão Antônio de Barros Penteado, de Itu, marido de Maria Paula Machado, (5°s avós de Tiffany), com o objetivo de instituírem uma estratégia matrimonial envolvendo as respectivas proles, de modo a beneficiar os patrimônios de ambas as famílias. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

Coronel Antonio Francisco de Aguiar
casado com Gertrudes Eufrozina Ayres (5° avós de Tiffany) arrematador, durante quase toda a sua vida, de diversos impostos, amealhou considerável patriomônio ao longo dos anos Teve apenas um filho homem, o famoso brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (4° tio-avó de Tiffany), importante homem da política provincial nas primeiras décadas do Império. O Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1793-1857), por muitos anos grande líder do Partido Liberal, por duas vezes presidente da Província (1831-1835 e 1840-1841), por exemplo, deixara de sua união com a Marquesa de Santos (1797-1867) quatros filhos.

Para tanto, Antonio Francisco de Aguiar deu duas de suas filhas, irmãs de Rafael Tobias de Aguiar futuro brigadeiro, em casamento a filhos solteiros de Antonio de Barros Penteado.

Assim, em 1819, Gertrudes Eufrosina de Aguiar consorciou-se com Antônio Paes de Barros, futuro Barão de Piracicaba. A sua irmã, Leonarda de Aguiar, (1808-1881) com Bento Paes de Barros (1788-1858), futuro Barão de Itu e 4°avós de Tiffany. Mais tarde, em 1827, outra irmã de Leonarda e Gertrudes, Rosa de Aguiar (1811-1847), consorciou-se com Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba (ca.1794-1875), irmão de Be
nto e Antônio, e tambem 4° avô de Tiffany.

Depois de falecida, o viúvo, capitáo Chico, casou-se com outra irmã Aguiar, de nome Anna Fausta Maria de Jesus Aguiar. Temos assim quatro irmãs Aguiar casadas com três irmãos Paes de Barros. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

A familia Paes de Barros, natural de Itu, grande produtora de açucar era jà muito rica. O tombamento de Itu em 1817 organizado pelo cap.mor da vila Vicente da Costa Goes e Aranha informa que em Itu foram arolados 136 engenhos, 400 lavradores e 3’317 escravos.
Entre os mais importantes senhores de engenho està Antonio de Barros Penteado, então jà sogro do brigadeiro Luiz Antonio de Souza.
Antonio de Barros Penteado (1742-1820) foi casado com Maria Paula Machado, ( filha do capitao-mor Jorge Velho e Genebra Maria Machado) que tivem 8 filhos. A segunda  filha nascida em 1785 foi Genebra de Barros Leite (1782-1836) que em 1797 casou com só 14 anos o brigadeiro de Souza mais velho de 25 anos..(1760-1819). 

Antonio de Barros Penteado foi filho de Fernao Paes de Barros e Angela Ribeiro de Cerqueira. Com os seus irmãos José e Francisco foram para as minas de Ouro em Mato Grosso, particularmente na de “Melgueira”. Antonio e José compraram terras em Itu e Capivari e Francisco se estabeleceu em Vila Boa de Goes e tive familia ai. Sobre a descendencia de Francisco refere Silva Leme na Genealogia Paulistana em 1905 "ficou morando em Villa Boa de Goyaz, onde casou-se e deixou f.ºs. :D'este é bisneto o governador de Mato Grosso coronel Antonio Paes de Barros"  (Luiz Gonzaga da Silva Leme em 1905: Cap- III, tit. Penteados. pag. 376)

Como refere Taunay livro III pag. 70, na fazenda campos Eliseos em Itu do Antonio de Barros Penteado  foram registrados 100 escravos e igual numero nos 2 fazendasGramãdo” e “São Joõa” e de “sua esposa” Dona Angela de Ribeiro e Cerqueira que depois nâo foi sua esposa mas sua filha como refere Silva Leme na Genealogia paulistana.

A familia de Antonio Francisco de Aguiar, natural de Sorocaba, arrematador de diversos impostos, amealhou considéravel patrimonio ao longo dos annos. Por radicar-se em Sorocaba, é fácil deduzir que a família Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo, que abarcava como 
Sorocaba 1864

foto por carlos nicomedes


atividades econômicas principais a comercialização de muares, criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para abastecimento de pontos remotos no interior do País.

Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu, elevada à condição de cidade conjuntamente com Sorocaba em fevereiro de 1842.

A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, já que, naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado:

Antônio da Silva Prado, futuro Barão de Iguape, administrava então o Registro de Animais de Sorocaba, e essa atividade era um foco de constantes atritos com os Aguiar. Como cobrador de novo imposto, entáo colocado por Antonio da Silva Prado, entretiveram alcunos conflitos sobre os procedimentos de essa arredacao, como sobre menzionado.
Sucedendo ao pai, o brigadeiro Rafael Tobias (casado com a Marquêsa de 
Santos, Domitilia de Sousa e Castro em 1842), manteve uma rivalidade ainda maior do pai com Antonio da Silva Prado por causa da cobrança dos impostos promovido por este que se estendeu tambem sobre os seus parentes Paes de Barros.

Os casamentos realizados entre os Aguiar e os Paes de Barros também iriam facilitar o desenvolvimento das respectivas atividades econômicas, pois um lado da família se encarregaria de providenciar o meio de transporte apropriado para que a produção agrícola proveniente das fazendas que o outro lado da família explorava em Itu chegasse segura ao porto de Santos. (A familia tem parentesco com os Costa Aguiar em Santos)

Francisco Xavier Paes de Barros,
4° avó de Tiffany, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal: Participou com o seu irmão Bento Paes de Barros tambem 4° avó de Tiffany, da Revolução de 1842 ao lado de Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo. Foram presos mas depois anistiados. Francisco Xavier, apelidado mais tarde de Capitão Chico Sorocaba, transferiu-se depois para Santos, casando-se, com duas irmãs Aguiar. (Rosa e Anna). A mudança de domicílio estava certamente ligada aos interesses familiares mantidos nessa localidade.

Sob o ângulo da familia Paes de Barros, o planejamento dos casamentos é ainda mais amplo. Além dos três filhos já citados, havia também Anna Joaquina de Barros, primeira filha do casal Antonio de Barros Penteado (1781-1837), que casou-se com João Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era o correspondente comercial de seu sogro (Antonio de Barros Penteado).

Outra filha , Maria de Barros Leite (1804-1899), foi casada com o senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Mello, ituano com livre trânsito nos meios politicos da Corte. (Deles descende o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, neto materno do 1° Barao de Piracicaba, 4° tio-avó de Tiffany)

Três outras filhas contraíram matrimônio com figuras de vulto: Angela Ribeiro de Cerqueira (1799- ?), com José Manuel de Mesquita, um dos maiores negociantes de escravos do Oeste Paulista; Escolástica de Barros, com o ouvidor português Miguel de Azevedo Veiga; Genebra de Barros Leite (1784-1836), com o brigadeiro Luis Antônio de Sousa e em 2° nupcias, com José da Costa Carvalho, futuro Marquês de Monte Alegre e Presidente da Provicia.

Isso o nucléo de familia Paes de Barros e Aguiar de Itu e Sorocaba. Uma familia potente e rica que quando cominciou a estabelcer-se na cidade de São Paolo já encontrou formada na cidade uma ampla rede familiar de apoio.

"Podia contar com a lealdade dos parentes e contraparentes paulistanos, tanto do ponto de vista social, quanto do econômico e também do político" (Eudes Campos).>>


Textos em parte de:

Viver e sobreviver em uma vila colonial - Sorocaba, séculos XVIII e XIX" Carlos de Almeida Prado Bacellar, 2001)
 e
"Os Pais de Barros" por Eudes Campos, no AHM 2008. ano 3, n° 16 (Aquivio histórico municipal São Paulo)

Bibliografia :
Historia do café, Taunay livro III
Genealogia Paulistana, Silva Leme
O Quintal de Fàbrica , Anicleide Zequina
Um lavrador Paulista do tempo do império;Maria Celestina  T. M. Torres Istituto Historico Geografico Piracicaba
Rio Claro seicentesqua (pdf) Museo Historico e Pedagocico Amador Bueno da Veiga
Contribuiçâo ao estudo de formação de empresario Paulista (pdf), Zelia Maria Cardoso de Mello
Genealogia Paulistana, Silva Leme



Ascendencia segundo a genealogia paulistana:

Pedro Vaz de Barros c/c Luzia Leme, Pais de:

Antonio Pedroso de Barros c/c Maria Pires de Medeiros, pais de:

Pedro Vaz de Barros neto c/c Maria Leite de Mesquita, pais de:

Beatriz de Barros c/c Manoel Correa Penteado, pais de:

Fernao Paes de Barros c/c Angela Ribeiro Leite, pais de:

Antonio de Barros Penteado, José de Barros Penteado, Francisco de Barros Penteado, Maria de Cerqueira Paes, Anna, freira Ana Mathilda, Custodia Celia de Cerqueira, Maria Rosa de Cerqueira Camara.

Os três irmãos, Antonio, José e Francisco foram em Minas onde encontraram ouro. Antonio e José estabiliceram-se em Itu onde compraram terras e Francisco mudou para 
Villa Boa de Goyaz onde casou.

filhos de Antonio de Barros Penteado (Itu) e Maria Paula Machado 

Anna Joaquina de Barros (1781-1837) c/c em 1797 Joao Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era o correspondente comercial de seu sogro. 

- Genebra de Barros Leite (1782-1836) c/c em 1799 1.Brigadeiro Luiz Antonio de Sousa, fidalgo, enriquecera comerciando com o Mato Grosso. Depois adquiriu inúmeros engenhos de açúcar, que administrava a partir da cidade de São Paulo, vindo a constituir a maior fortuna paulista nas primeiras duas décadas do século) XIX. 2. vez casou-se Genebra com José da Costa Carvalho, futuro Marques de Monte Alegre e Presidente da Provincia
- Escholastica Joaquina de Barros (1786-1874) c/c em 1817 Dr. Miguel Antonio de Azevedo Veiga, ouvidor portugues, primeiro ouvidor e corregedor-geral em Itu foi Miguel Antonio de Azevedo Veiga, nomeado a 17 de dezembro de 1811, depois de exercer o cargo de ouvidor da Comarca de São Paulo. Português de nascimento, bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, Azevedo Veiga morreu em Itu a 29 de maio de 1818. O historiador ituano Francisco Nardy Filho assegura que a comarca de Itu era a mais movimentada de todas as capitanias, em razão de ter o governador de São Paulo ordenado que todos aqueles que recebessem índios vindos dos sertões de Cuiabá registrassem o termo de tutela diante do ouvidor da comarca de Itu. Três anos após a sua criação, a comarca tinha sob sua jurisdição oito vilas, quinze freguesias e a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema.

- Bento Paes de Barros, Barão de Itu (1788-1858) c/c em 1920 Leonarda de Aguiar, fazendeiro, capitão-mor de Vila de Itu. Agraçiado com o titulo de Baraão de Itu em 1846, o primeiro Ituano que recebeu titulo de nobreza.Participou ao lado de seu irmão Francisco Xavier Paes de Barros da Revolução de 1842 liderado do seu cunhado o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

- Capitão Antonio Paes de Barros, Barão de Piracicaba (1791-1876) c/c em 1819 Getrudes Eufrosina de Aguiar, fazendeiro de café em Rio Claro, um dos fundadores de Rio Claro. Foi Deputado as Côrtes Constituintes Portuguezas.foi o 1º á apresentar ao Governo o projecto para uma Estrada de Ferro de Santos á Rio Claro. Era Official da Imperial Ordem da Rosa. O titulo de Barão de Piracicaba lhe foi concedido em 1854

- Joaquim Floriano de Barros (ca 1796-1831) c/c em 1819 sua sobrinha Elisa Guilhermina Mesquita, filha de sua irmã Angela Ribeiro de Cerqueira.

 - Francisco Xavier Paes de Barros (1794-1875) o capitão "Chico de Sorocaba" c/c com 1. nupcias: Rosa Candida de Aguiar, (pais do Barão de Tatui), irmâ de Rafael Tobias de Aguiar e de Leonarda de Aguiar, esposa do Barão de Itu, , 2. nupcias: Ana Fausta Maria de Jesus de Aguiar, irmâ de primeira esposa, 3. nupcias: Andreza de Oliveira. Com o seu irmão Bento participou da Revolução de 1842 liderado do seu cunhado o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

Angela Ribeiro de Cerquiera (1799-?) c/c em 1795 José Manoel de Mesquita, 

- Maria de Barros Leite (1804-1898) c/c Francisco de Paula Sousa e Mello, (senador e conselheiro do Imperio, ituano com livre transito nos meios politios da Corte).